PSDB permanece no governo e não entregará cargos
A Executiva Nacional do PSDB decidiu permanecer na base do governo. Na decisão, pesou o compromisso do partido com a aprovação das reformas trabalhista e da Previdência, e as eleições de 2018 – visto que o PMDB se comprometeu a apoiar o candidato tucano à presidência.
A decisão, tomada após reunião do partido ontem em Brasília, tranquiliza o governo, que temia que uma eventual debandada dos tucanos provocasse um efeito manada nos demais partidos da base.
Com a decisão de continuar no governo, o PSDB não entregará as quatro pastas que comanda atualmente: Relações Exteriores (Aloysio Nunes), Cidades (Bruno Araújo), Secretaria de Governo (Antonio Imbassahy) e Direitos Humanos (Luislinda Valois).
O anúncio foi feito pelo ex-ministro de Temer, senador José Serra (SP). Ele afirmou que este é o posicionamento da maioria dos tucanos – ao menos até que novos fatos eventualmente surjam. “Quando os fatos mudam, eu mudo de opinião. Se os fatos mudarem, terão outras análises”, disse.
Divisão
O partido estava dividido entre setores favoráveis ao desembarque, capitaneados pelos chamados “cabeças-pretas” – políticos mais jovens, preocupados com a imagem do partido após a delação da JBS – e por caciques que consideravam arriscada a debandada em razão de seus efeitos políticos.